Friday, August 24, 2007

Até parece que tive férias

Pois é caros bloguistas e demais, voltei. Não de férias, que isso é para gente esperta e normal, mas de uma looonga ausência de ideias e vontade de comunicar.

Este meu primeiro post vai em tom de desabafo:

Tive à pouco tempo um convite para ir à bola.

Ora bem, quem me conhece pessoalmente, sabe que a ultíma vez que fui à bola, o Michael Jackson ainda vendia discos, o Ramalho Eanes dirigia-se à população como chefe de estado, a Princesa Diana estava a anos-luz de um certo pilar de um certo túnel de uma certa capital europeia e eu ainda estava a descobrir esta coisa da coordenação motora.

Estavamos, portanto no anos 80 do século XX.

No entanto, e apesar da minha tenra idade, já existia dentro de mim a génese daquilo que mais tarde iria interpretar como um profundo desdém e desinteresse por assunto do esférico.

Volvidos 20 minutos de estar a assistir àquela "coisa", o jovem rebento Luzindro, do alto dos seus 80 centímetros, fincou pé e não descansou enquanto não se pôs ao fresco, encontrando formas bastante mais agradáveis de passar um domingo à tarde.

Esta foi a minha experiência futebolística como espectador. Como jogador a bola já rola noutro sentido, mas isso será uma outra história.

Momento auto-biográfico ultrapassado, debruçar-me-ei sobre o cerne da questão:

Ir à bola?

Coisa normal, diram os meus caros leitores. E até seria, se não fosse um pequeno pormenor:

A dita ida ficaria, já com desconto, nuns módicos 10 euros. O que me leva a outro sitio: e sem desconto? Seriam necessários 15 euros para entrar nessa catedral do desporto que é estádio de futebol? Provavelmente...

Então pensei: "Eh pá! Há gente que não vai ao teatro, nem ao cinema porque é caro. Mas são capazes de arrotar 15 eiros por semana para ir ver aquilo que é Xanax da nação."

Não estamos numa crise, estamos apenas com as prioridades trocadas, digo eu.

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