Friday, August 31, 2007
Pérolas da comunicação
http://www.youtube.com/watch?v=WrcppvGEmAI
Friday, August 24, 2007
Anos 80
Década ímbuida de progresso económico, novas tecnologias, conflitos armados (bem, parece que este ponto é comum a todas as décadas), de uma nova consciência ecológica e social.
Os anos oitenta fizeram ao século XX o mesmo que o período da barroco fez à história da humanidade: lembrou-nos que o excesso e a piroseira fazem parte da natureza humana, e por mais que a gente não queira, mais tarde ou mais cedo iremos todos passar por uma fase de mau gosto cego. O mesmo se aplica às nossas vidinhas tempo-espacialmente limitadas.
Ultrapassando as taxas de sucesso dos revivalismos anteriores, este reviver os eighties parece que veio para ficar.
Será devido à complexidade estética, dirão alguns, aos sons evoluidos e complexos, dirão outros, ao facto que grande parte da geração activa ter vivido na infância essa década muita fixe, dirá o Cájó.
Tudo isto and then some.
A minha rude opinião tenta, com as suas mãos calejadas e a sua já gasta enxada chegar ao núcleo da coisa.
Ora vamos lá ver:
Os anos cinquenta e sessenta tinham uma estética muito cuidada e atraente, os anos setenta tinham sons muiiiito avançados para a época, roupas glamorosas, sexo livre e garotas elegantes, os noventas tinham a Kevin Costner e a Witney Houston (dasssse!!!!!!.... desculpem, escapou-se.), mas nenhuma destas décadas tinha a porta escancarada na decadência humana nas suas mais variadas formas.
Ela é o excesso de laca, as depressões, o exibicionismo, cabedal e ganga, cores garridas, gajas feias que com tanta maquilhagem ficavam iguais às outras, lábios vermelhos, louras platinadas, o Falco, cintos com fivela grossa, botas de matar-a-barata-no-canto-da-sala, cigarros a serem fumados, o Punk, cabelos espetados e pulseiras de couro com picos.
Resumindo, é a desculpa ideal para soltarmos o bicho básico, mundano e espampanante que há dentro de cada um de nós.
E levar uns brotos de 18 anos para casa no processo, porque vá-se lá saber porquê ainda gostam mais disto que os demais.
Deve ser porque foram feitas ao som do "Simply the Best" da tia Tina.
Até parece que tive férias
Este meu primeiro post vai em tom de desabafo:
Tive à pouco tempo um convite para ir à bola.
Ora bem, quem me conhece pessoalmente, sabe que a ultíma vez que fui à bola, o Michael Jackson ainda vendia discos, o Ramalho Eanes dirigia-se à população como chefe de estado, a Princesa Diana estava a anos-luz de um certo pilar de um certo túnel de uma certa capital europeia e eu ainda estava a descobrir esta coisa da coordenação motora.
Estavamos, portanto no anos 80 do século XX.
No entanto, e apesar da minha tenra idade, já existia dentro de mim a génese daquilo que mais tarde iria interpretar como um profundo desdém e desinteresse por assunto do esférico.
Volvidos 20 minutos de estar a assistir àquela "coisa", o jovem rebento Luzindro, do alto dos seus 80 centímetros, fincou pé e não descansou enquanto não se pôs ao fresco, encontrando formas bastante mais agradáveis de passar um domingo à tarde.
Esta foi a minha experiência futebolística como espectador. Como jogador a bola já rola noutro sentido, mas isso será uma outra história.
Momento auto-biográfico ultrapassado, debruçar-me-ei sobre o cerne da questão:
Ir à bola?
Coisa normal, diram os meus caros leitores. E até seria, se não fosse um pequeno pormenor:
A dita ida ficaria, já com desconto, nuns módicos 10 euros. O que me leva a outro sitio: e sem desconto? Seriam necessários 15 euros para entrar nessa catedral do desporto que é estádio de futebol? Provavelmente...
Então pensei: "Eh pá! Há gente que não vai ao teatro, nem ao cinema porque é caro. Mas são capazes de arrotar 15 eiros por semana para ir ver aquilo que é Xanax da nação."
Não estamos numa crise, estamos apenas com as prioridades trocadas, digo eu.
Sunday, August 5, 2007
Edição de Domingo
Bom dia e bem-vindos à edição especial de Domingo, aquele dia em que só me apetece enterrar os cornos na palha e esperar que seja Segunda.
Hoje vamos dar relevo à vida selvagem. Iremos abordar a vida e hábitos daquela espécie de ave migratória que baixa ao sul no Verão, especialmente em Agosto, provocando um aumento no baixo índice de sinistralidade nas estradas portuguesas e dos concertos de música pimba.
Estamos obviamente a falar do Tugensis Emigratis.
O Tugensis Emigratis destaca-se do Tugensis Localis devido a algumas características adquiridas em terras além-fronteiras, especialmente "na Fránça", seja em localidades como "Pérpinham", "Parí, departamento zéro-ungue", ou outras terras maravilhosas onde adquirem aqueles poderes tão evoluídos que os separam do seu antepassado Tugensis Localis.
Uma das caraterísticas mais notórias é a pigmentação da pele, apresentando um tonalidade mais rosácea, especialmente em contacto com o sol, tonalidade essa genéticamente transmissível, como se pode constatar pelo tom suínico apresentado pelos descendentes do Tugensis Emigratis.
Outra evolução existente no Emigratis é a sua capacidade de comunicação, conseguindo expressar-se de várias formas diferentes, seja no Tugensis arcaíco, no Tugensís evoluído, ou naquilo a que os estudiosos chamam de emigranto-vacancês, que é na verdade uma fusão das anteriores.
Uma das evoluções mais espantosas do Emigratis é a sua forma de locomoção. Aqui reside mais de metade do fascínio que esta nova espécie nos provoca.
Para compreendermos esta evolução teremos de analisar os vários elementos que a destaca do estado do Localis.
-Desloca-se em viaturas de elevada cilindrada, ao passo que o Localis ainda roda em veículos movidos a motor de cortador de relva.
-As matrículas das referidas viaturas apresentam uma coloração amarela, estando claramente bem protegidas com os raios UV, enquanto as matrículas Localis, com o seu branco pálido, podem desenvolver cancro matrícular.
-Aproveitam melhor o racio espaço/ocupantes pelo facto das viaturas estarem sempre cheias de Emigratis.
Mas a mutação mais importante de todas do Emigratis em relação ao Localis é a sua adopção de um comportamento arrogante, permitindo ao Tugensis Emigratis manter-se distante dos Localis não desejáveis e, desta forma conquistar territorio e impôr respeito.
Ainda agora começamos a raspar a superfície deste ser magnífico que nos fascina.
Esperamos que através da sua compreensão também nós nos possamos compreender melhor.
Obrigado e um bom domingo
Reportagem de Manuel Cabrita para o anagramacosmico.
O selo da biatura
-Porque será que quanto maior o número de pessoas, mais baixo é o Q.I.?
Exemplo:
Último dia de pagamento de uma conta qualquer. As massas acorre aos magotes ao balcão para pagar aquilo que poderia ter sido pago há uns dois meses. A massa chega lá e depara consigo mesma. A massa começa a barafustar porque ela própria está lá. "E não sei quê!!! Que estes gatunos, para além de nos fazerem pagar ainda fazem uma pessoa (ou quinhentas) estar aqui à espera", "Eu trabalho, tenho onde estar, blá blá blá".
A massa que barafusta em unísono, infelizmente pensa só no seu próprio umbigo.
Mas há mais.
Outro acontecimento comum nestas situações é o factoi dos sistemas informáticos não darem conta do aumento exponencial de afluxo de solicitações, daí "crasharem". Mas a massa não quer saber, ela esteve alí mais de 2 horas à espera, a massa paga nem que vaca tussa.
Conclusão:
Uma pessoa é um ser vivo inteligente, a massa é uma amiba com Alzheimer.